quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pronomes demonstrativos e Crase

Os pronomes demonstrativos demonstram a posição de um elemento qualquer em relação às pessoas do discurso, situando-os no espaço, no tempo ou no próprio discurso.
Eles se apresentam em formas variáveis (gênero e número) e não-variáveis.
Pronomes Demonstrativos


Primeira pessoa Este, estes, esta, estas, isto
Segunda pessoa Esse, esses, essa, essas, isso
Terceira pessoa Aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo

- As formas de primeira pessoa indicam proximidade de quem fala ou escreve:

Este senhor ao meu lado é o meu avô.

Os demonstrativos de primeira pessoa podem indicar também o tempo presente em relação a quem fala ou escreve.

Nestas últimas horas tenho me sentido mais cansado que nunca.

- as formas de segunda pessoa indicam proximidade da pessoa a quem se fala ou escreve:

Essa foto que tens na mão é antiga?

- os pronomes de terceira pessoa marcam posição próxima da pessoa de quem se fala ou posição distante dos dois interlocutores.

Aquela foto que ele tem na mão é antiga.


Uso do pronome demonstrativo

Os pronomes demonstrativos, além de marcar posição no espaço, marcam posição no tempo.

- Este (e flexões) marca um tempo atual ao ato da fala.

Neste instante minha irmã está trabalhando.

- Esse (e flexões) marca um tempo anterior relativamente próximo ao ato da fala.

No mês passado fui promovida no trabalho. Nesse mesmo mês comprei meu apartamento.

- Aquele (e flexões) marca um tempo remotamente anterior ao ato da fala.

Meu avô nasceu na década de 1930. Naquela época podia-se caminhar à noite em segurança.

Os pronomes demonstrativos servem para fazer referência ao que já foi dito e ao que se vai dizer, no interior do discurso.

- Este (e flexões) faz referência àquilo que vai ser dito posteriormente.

Espero sinceramente isto: que seja muito feliz.

- Esse (e flexões) faz referência àquilo que já fio dito no discurso.

Que seja muito feliz: é isso que espero.

- Este em oposição a aquele quando se quer fazer referência a elementos já mencionados, este se refere ao mais próximo, aquele, ao mais distante.

Romance e Suspense são gêneros que me agradam, este me deixa ansioso, aquele, sensível.

- O (a, os, as) são pronomes demonstrativos quando se referem a aquele (s), aquela (s), aquilo, isso.

Recuso o que eles falam. (aquilo)

- Mesmo e próprio, pronomes demonstrativos, designam um termo igual a outro que já ocorreu no discurso.

As reclamações ao síndico não se alteram: são sempre as mesmas.

*são usados como reforço dos pronomes pessoais.

Ele mesmo passou a roupa.

*como pronomes, concordam com o nome a que se referem.

Ela própria veio à reunião.
Eles próprios vieram à reunião.
Por Marina Cabral
CRASE

Crase é a fusão de duas vogais idênticas. Representa-se graficamente a crase pelo acento grave.
Fomos à piscina
à artigo e preposição
Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição a e outro termo que aceite o artigo a.
Para termos certeza de que o "a" aparece repetido, basta utilizarmos alguns artifícios:
I. Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos diante de palavras masculinas, é porque ocorre a crase.
Exemplos:
Temos amor à arte.
(Temos amor ao estudo)
Respondi às perguntas.
(Respondi aos questionário)
II. Substituir o "a" por para ou para a. Se aparecer para a, ocorre a crase:
Exemplos:
Contarei uma estória a você.
(Contarei uma estória para você.)
Fui à Holanda
(Fui para a Holanda)
3. Substituir o verbo "ir" pelo verbo pelo verbo "voltar". Se aparecer a expressão voltar da, é porque ocorre a crase.
Exemplos:
Iremos a Curitiba.
(Voltaremos de Curitiba)
Iremos à Bahia
(Voltaremos da Bahia)
Não ocorre a Crase
a) antes de verbo
Voltamos a contemplar a lua.
b) antes de palavras masculinas
Gosto muito de andar a pé.
Passeamos a cavalo.
c) antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona:
Dirigiu-se a V.Sa. com aspereza
Dirigiu-se à Sra. com aspereza.
d) antes de pronomes em geral:
Não vou a qualquer parte.
Fiz alusão a esta aluna.
e) em expressões formadas por palavras repetidas:
Estamos frente a frente
Estamos cara a cara.
f) quando o "a" vem antes de uma palavra no plural:
Não falo a pessoas estranhas.
Restrição ao crédito causa o temor a empresários.
Crase facultativa
1. Antes de nome próprio feminino:
Refiro-me à (a) Julinana.
2. Antes de pronome possessivo feminino:
Dirija-se à (a) sua fazenda.
3. Depois da preposição até:
Dirija-se até à (a) porta.
Casos particulares
1. Casa
Quando a palavra casa é empregada no sentido de lar e não vem determinada por nenhum adjunto adnominal, não ocorre a crase.
Exemplos:
Regressaram a casa para almoçar
Regressaram à casa de seus pais
2. Terra
Quando a palavra terra for utilizada para designar chão firme, não ocorre crase.
Exemplos:
Regressaram a terra depois de muitos dias.
Regressaram à terra natal.
3. Pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aqueles, aquilo.
Se o tempo que antecede um desse pronomes demonstrativos reger a preposição a, vai ocorrer a crase.
Exemplos:
Está é a nação que me refiro.
(Este é o país a que me refiro.)
Esta é a nação à qual me refiro.
(Este é o país ao qual me refiro.)
Estas são as finalidades às quais se destina o projeto.
(Estes são os objetivos aos quais se destino o projeto.)
Houve um sugestão anterior à que você deu.
(Houve um palpite anterior ao que você me deu.)
Ocorre também a crase
a) Na indicação do número de horas:
Chegamos às nove horas.
b) Na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta:
Usam sapatos à (moda de) Luís XV.
c) Nas expressões adverbiais femininas, exceto às de instrumento:
Chegou à tarde (tempo).
Falou à vontade (modo).
d) Nas locuções conjuntivas e prepositivas; à medida que, à força de...
OBSERVAÇÕES: Lembre-se que:
Há - indica tempo passado.
Moramos aqui há seis anos
A - indica tempo futuro e distância.
Daqui a dois meses, irei à fazenda.
Moro a três quarteirões da escola.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Verbos no Infinitivo

Conceitos:
Antes de entender de uma vez por todas o emprego do infinitivo, urge saber que a eufonia (som agradável) deve imperar no seu emprego.

As regras trazidas pelas gramáticas não são sólidas e estão, segundo os próprios livros, submetidas ao princípio da agradabilidade sonora. Isso quer dizer que, em alguns casos, é possível renunciar às poucas regras enunciadas, em virtude de uma sonoridade mais natural e agradável.
Para entendermos as regras, vamos compreender alguns conceitos:

1) infinitivo – é o verbo em seu estado natural, terminando em ar, er ou ir (e or, no caso do verbo pôr).

Exemplos: cantar, estudar, vender, soer, partir, etc.;

2) infinitivo pessoal – é aquele que, como o próprio nome diz, se refere às pessoas do discurso. Exemplos: para eu amar, para tu amares, para ele amar, para nós amarmos, para vós amardes, para eles amarem. Veja que em tu, nós, vós e eles há uma terminação especial no verbo, que indica que ele é flexionado (mos, por exemplo, mostra que o verbo se refere à pessoa nós);

3) infinitivo impessoal – é o infinitivo que não se flexiona de acordo com as pessoas do discurso. Fica sempre do mesmo jeito: chorar, amar, sofrer, resistir, etc.
1) Tomemos como exemplo a frase A professora ensinou os alunos a estudarem. A Gramática padrão reza que o infinitivo deve ser flexionado:

A professora ensinou os alunos a estudarem. Por quê? É que essa frase tem dois verbos (ensinar e estudar), cada um com seu sujeito, o qual é encontrado perguntando-se Quem? ao verbo. Quem ensinou? A professora é sujeito; Quem estudar? Os alunos é o sujeito.

Viu só? Essa é uma das principais regras do infinitivo. É notório que, se os dois verbos possuírem o mesmo sujeito, o infinitivo será impessoal: Elas devem repor as energias (quem deve? Elas; quem repor? Elas). Ficaria bastante ruim Elas devem “reporem”.

Detalhe importante: se o verbo introduzido por preposição (principalmente a, sem, com, em, de) estiver no início da frase, preferir-se-á o infinitivo flexionado, mesmo que tenha o mesmo sujeito do outro verbo da frase: Sem comerem, ficarão desnutridos. Por eufonia, no entanto, pode-se manter o infinitivo não-flexionado, principalmente quando o verbo vier depois do sujeito: Ficarão desesperados ao encontrar o pai.
2) A professora mandou os alunos estudar ou estudarem? Tanto faz. Pode usar o infinitivo pessoal ou o impessoal (ver Deixa eu, deixa-me).

Atente nos verbos mandar, fazer, sentir, deixar, ouvir, ver, etc., quando seguidos de sujeito de um verbo no infinitivo. Nesses casos, o infinitivo pode flexionar-se ou não. Veja só: Você já deixou AS MENINAS brincarem (ou brincar)? Verbo deixar + sujeito (as meninas) + verbo no infinitivo (brincar ou brincarem).

Outros exemplos: Todos os deputados ouviram AQUELAS CRIANÇAS gritarem (ou gritar); Veja OS BOIS morrerem (ou morrer); etc. Observação: se o sujeito do verbo no infinitivo for um pronome oblíquo (o, a, os, as, me, te, se, nos, vos), o infinitivo obrigatoriamente será impessoal (não-flexionado).

Exemplos: Eu OS vi morrer (quem morrer? Os – que substitui os bois – é o sujeito; Você já AS deixou brincar?; “E não NOS deixeis cair em tentação”; etc.

Aconselha-se, no entanto, que o infinitivo seja flexionado quando a ação for reflexiva (sai do sujeito e volta a ele), recíproca (troca de ações entre seres) ou passiva (o sujeito sofre uma ação): Vi-os ajoelharem-se perante mim (a ação de ajoelhar residiu no próprio sujeito); Deixamos os garotos se olharem (um olhou o outro – troca de ações); Deixamos as moedas se gastarem (... as moedas serem gastas – veja que as moedas sofrem a ação de serem gastas).

Aliás, sempre que estiver na voz passiva, o infinitivo será flexionado se o sujeito for plural: Os trabalhos a serem feitos estão na mesa; O trabalho a ser feito...
3) Quando se quiser enfatizar que o sujeito da ação é indeterminado (não se sabe quem é ou não se quer revelar), o infinitivo é flexionado.

Exemplo: Ouvi falarem mal de você.
4) É bastante freqüente também a construção de locuções (locução, em Gramática, é o mesmo que duas ou mais palavras desempenhando o papel de uma) com os verbos continuar, estar, começar, acabar, tornar, etc. + preposição a ou de + verbo no infinitivo.

Exemplos: Elas começaram a chorar; Nossos primos acabaram de chegar; Vocês continuarão a nos provocar?; etc. Como se pode observar, o infinitivo não é flexionado nesse caso. Na verdade, ele já foi discutido, pois trata-se de verbos que possuem o mesmo sujeito.
5) Quando o infinitivo complementar adjetivos (fácil, difícil, bom, disposto, cansado, etc.), também não será flexionado.

Exemplos: Que exercícios difíceis de resolver; Os soldados estão dispostos a morrer pela pátria?; etc.

Por: www.cursoderedacao.com

Gerundismo

A PRAGA DO "GERUNDISMO"


Frases como ..eu vou estar transferindo a ligação..
surgiram no telemarketing.
Mas já se instalaram no topo. lá na diretoria


......Não acredito no purismo lingüístico, não. Desde que o homem é homem, as culturas e, conseqüentemente, as línguas se interpenetram. Hoje, quem é que reclama da palavra "otorrinolaringologista", todinha grega? Quem é que não usa a palavra "garagem" (ou "garage", tanto faz), que vem do francês? Mas (quase) tudo na vida tem limite. Em se tratando da língua, ou, mais especificamente, dos estrangeirismos, o limite é imposto pelo bom senso. Não vejo o menor sentido, por exemplo, no tosco uso da palavra off, que aparece na porta de algumas lojas. Não se trata de caso que enriquece a língua, que preenche espaço até então vago etc. Trata-se de subdesenvolvimento mesmo. Incurável. Ou, como dizia Nelson Rodrigues, do complexo de vira-lata. No lugar de off, parece conveniente usar a ultraconhecida palavra "desconto", cujo significado qualquer brasileiro conhece.
......Que me diz o leitor de traduzir "Smoking is not allowed" por ''Fumando não é permitido"? Alguém teria coragem de traduzir smoking por "fumando" nesse caso? Certamente não, mas muita gente traduz ao pé da letra frases como "I will be sending" ou "We will be booking" (por "Vou estar enviando" e "Vamos estar reservando", respectivamente). Como se vê pela mensagem com que se avisa que não é permitido fumar, o gerúndio inglês nem sempre continua gerúndio quando traduzido para o português.
......Onde estaria a inadequação de frases como "O senhor pode estar anotando o número?" ou ''Um minuto, que eu vou estar transferindo a ligação", que hoje em dia pululam e ecoam nos escritórios, no telemarketing etc.? O problema não está na estrutura - "flexão dos verbos 'ir', 'poder' etc. + estar + gerúndio" -, mas no mau uso que dela se tem feito. Essas construções são da nossa língua há séculos, ou alguém teria peito de dizer que uma frase como ''Eu bem que poderia estar dormindo" é inadequada?
......Qual é o problema então? Vamos lá.
......Quando se diz, por exemplo, "Não me telefone nessa hora, porque eu vou estar almoçando", indica-se um processo (o almoço) que terá certa duração, que estará em curso, mas - santo Deus! -, quando se diz ''Um minuto, que eu vou estar transferindo a ligação", emprega-se a construção "vou estar transferindo" para que se indique um processo que se realiza imediatamente. Quanto tempo se leva para a transferência de uma ligação? Meses ou segundos? O diabo é que, para piorar, "Vou estar transferindo" é uma verdadeira contorção verbal, que substitui, sem nenhuma vantagem, a construção "Vou transferir", mais curta, rápida, direta - e apropriada.
......A moda do "gerundismo" (essa de "O senhor tem que estar pegando uma senha", "Vamos ter que estar trocando a embreagem do seu carro", "Ela vai precisar estar voltando aqui amanhã", "A empresa vai poder estar fornecendo as peças" e outras ultrachatices semelhantes) só tem uma coisa de bom: o caráter democrático. ......Traduzo: a praga pegou da telefonista ao gerente, da faxineira ao diretor-presidente.
......E quem começou tudo isso? Não se sabe, mas me atrevo a dizer que nasceu da tradução literal do inglês (de manuais ou assemelhados).
......Recentemente, um motorista me disse: "Professor, agora o senhor vai ter que estar me dizendo em que rua eu vou ter que estar entrando". Se eu tivesse levado a sério a pergunta dele, deveria ter respondido isto: "Naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua...". E, assim que ele entrasse na tal rua, eu deveria exigir que ele parasse o carro, engatasse a ré e ficasse entrando e saindo da rua (ou entrando na rua e saindo dela, como preferem os que amam a sintaxe. rigorosa), até moer a embreagem, os pneus... Até o gerundismo sumir do mapa!

Este seu artigo foi publicado na edição nº1894 da Revista Veja..
Pasquale Cipro Neto é professor de língua portuguesa. consultor e colunista de diversos órgãos da imprensa e o idealizador e apresentador do programa Nossa Língua Portuguesa, da TV Cultura.

domingo, 20 de setembro de 2009

Luís de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

poemas épicos

Luís de Camões

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Algu~a cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

O que é épico

Gênero Épico- parte I

GÊNERO ÉPICO



O gênero épico (ou épica, ou gênero narrativo, ou simplesmente narrativa) é provavelmente a mais antiga das manifestações literárias. Ele surgiu quando os homens primitivos sentiram necessidade de relatar suas experiências, centradas na dura batalha de sobrevida num mundo caótico, hostil e ameaçador.

Podemos imaginar os demais membros da tribo, em torno de uma roda de fogo, ouvindo estes narradores que talvez mais gesticulassem e emitissem grunhidos do que articulassem verbalmente as suas histórias. Podemos conceber também que alguns desses ancestrais dos grandes escritores tivessem maior capacidade para contar suas aventuras do que seus companheiros. Talvez selecionassem melhor os fatos interessantes, concatenassem de maneira mais ordenada os acontecimentos ou conseguissem descrever com maior realismo os animais ferozes que haviam caçado.

É possível também que – em função da resposta do auditório – estes contadores primitivos de histórias acabassem aumentando o número e a intensidade de suas façanhas. E é de se supor, por fim, que em busca do aplauso do clã, não se restringissem apenas às situações vividas, mas acrescentassem pormenores inexistentes e inventassem ações heróicas. Ou seja, é bem provável que produzissem ficção. Estava nascendo o gênero épico, a narrativa.

Os elementos essenciais

Desde os seus primórdios – quando se constituiu – a estrutura épica se organizou sempre em torno dos mesmos elementos:

- Narrador: aquele que conta a história a um público, formado, antes da invenção da escrita, por ouvintes e, mais tarde, por leitores. Pode tanto ser tanto um relato de suas próprias vivências (narração em primeira pessoa), quanto um relato de ações praticadas por outros indivíduos (narração em terceira pessoa).

- História: a sucessão de fatos (aventuras, conflitos) organizados de forma coerente e lógica. É chamada também de argumento, urdidura, intriga ou trama.

- Personagens: os seres, em geral imaginários, que protagonizam as ações do enredo.

- Tempo: o período que assinala o percurso cronológico que vai do início ao fim do enredo. Quase todas as narrativas apresentam os eventos como já ocorridos, como algo pertencente ao passado, o que permite ao autor organizar com maior facilidade a estrutura temporal de sua obra. Assim, ele pode concentrar ou estender as ações, em intervalos maiores ou menores de tempo, de acordo com a necessidade de persuasão, a dramaticidade e a intensidade do enredo.

- Espaço: é o ambiente onde os personagens se movimentam. Pode ser apresentado de maneira minuciosa ou apenas sugerido.

A objetividade

As formas narrativas por definição tendem à objetividade. O autor épico preocupa-se menos em expressar os seus estados de alma do que um poeta lírico. Seu alvo é a criação de um mundo que se pareça – em maior ou menor escala – com a realidade concreta. Ao criar uma história protagonizada por várias personagens, o autor é obrigado a construi-las com um mínimo de diversidade e objetividade, sob pena de transformá-las em projeções repetitivas e fantasmagóricas de sua própria interioridade.
É impossível imaginar uma epopéia ou um romance em que todos os personagens se pareçam, mas isto provavelmente aconteceria caso o autor não se distanciasse criticamente de sua subjetividade e não assumisse um vigoroso interesse pela observação da realidade circundante.

Uma definição sintética

Portanto, a expressão gênero épico identifica aquelas obras literárias em que o autor organiza objetivamente um mundo e o narra a seus leitores, através de personagens que vivem acontecimentos conflituosos, num certo período de tempo e num determinado ambiente (espaço físico-geográfico).

Evolução

O gênero épico ( ou a épica) desenvolveu-se em várias civilizações e em vários momentos históricos, mas os seus modelos insuperáveis são a Ilíada e a Odisséia, epopéias surgidas na Grécia por volta dos séculos IX e VIII a.C., ou mesmo do século IX a.C. Estas obras, como outras similares, foram denominadas também poesia épica, isto porque – possivelmente com objetivo de memorização – eram metrificadas. Costuma-se dizer que a última grande manifestação de poesia épica no Ocidente são Os Lusíadas, de Camões, que veio à luz em 1572.

O conto e o romance , que descendem da epopéia, já eram conhecidos na Antigüidade greco-romana tardia e tiveram extraordinário desenvolvimento a partir dos séculos XVIII e XIX, na Europa ocidental. Nem conto nem o romance apresentam métrica, mantendo, porém, a estrutura fundamental do gênero:


Narrador – história – personagens – tempo – espaço

No entanto, por serem expressões de civilizações e épocas distintas, tanto o romance quanto o conto afastam-se do universo de deuses e heróis sublimes da Antigüidade, focalizando os dramas mais corriqueiros dos homens que vivem nos tempos modernos e contemporâneos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Atividades Escolares profª IBEGI

Atividades Escolares profª IBEGI http://www.youtube.com/watch?v=ATmiqTDj9Ok
EXERCÍCIOS VOZES VERBAIS
1. Reconheça as vozes verbais nas seguintes orações:
a) A primavera chegou.
b) Luís foi elogiado pelos professores.
c) A situação piorou muito nestes últimos anos.
d) Não se fica mais triste nesta casa.
e) Os culpados pelo crime foram presos ontem à noite.
f) O apartamento da Tiradentes foi vendido com sucesso.
g) Os fatos foram considerados graves pela população.
h) Lucas atropelou seu cachorro.
2. As seguintes orações encontraram-se em quais vozes verbais? Se estiver na ativa, passe para a passiva e vice-versa.
a) Procurou-se encontrar uma solução viável para o assunto.
b) Julgar-se-á inconstitucional a destruição de tal acervo público.
c) O homem é corrompido pela sociedade.
d) O crime foi julgado pela sociedade.
e) Não gosto de levantar cedo todos os dias.
f) As paredes da escola foram pintadas no início do semestre.
g) Venderam-se muitos livros na Feira de Frankfurt.
h) “O sertanejo é antes de tudo um forte!” (Euclides da Cunha).
3. Reconheça o SE das seguintes orações, transformando as orações que estão na VOZ PASSIVA SINTÉTICA para a VOZ PASSIVA ANALÍTICA e dessa para a VOZ ATIVA.
a) Não se entendeu a proposta do deputado.
b) Vai-se levar o resultado dos exames para o médico responsável.
c) Reconsiderou-se o problema insolúvel.
d) Limpar-se-ão os quartos desocupados.
e) Lavar-se-ia os carros, mas e água?
f) Enquadrou-se o juiz criminoso.
g) Comeu-se todo bolo.
h) Pensou-se em tudo no projeto.
i) Não se anda bem no parque à noite.
j) Consertam-se aparelhos elétricos.
k) Dormia-se demais naquela casa.
l) Aspira-se a um grande futuro.
m) Assiste-se a televisão todos os dias.
n) Como se procede em tal situação?
o) Pela Rodovia dos Bandeirantes, chega-se ao Aeroporto de Cumbica.
4. Passe, se possível, as seguintes orações para a voz passiva sintético ou pronominal:
a) Não trouxeram a encomenda de ontem.
b) No intervalo, o barulho é ensurdecedor na sala dos professores.
c) <> O galo cantarolava suas velhas cantigas.
d) Tomaram leite com café na recepção.
e) Os cursos começarão em outubro.
f) Não seguiram as determinações da diretoria e foram demitidos.


O sujeito, em língua portuguesa, é um termo de natureza substantiva e possui as seguintes classificações:
a) Simples: possui apenas 1 núcleo.

Eu é que falei.

b) Oculto: não está presente, mas pode ser identificado pela desinência verbal.

Chorou a noite toda.

c) Indeterminado: ocorre em dois casos


•Verbo na 3ª pessoa do plural:
Roubaram o banco.

Mas,

Os ladrões entraram no banco. Em seguida, mataram o guarda.
Suj. oculto: eles (os ladrões)


•Verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação na 3ª pessoa acompanhados de pronome indeterminador do sujeito:
Vive-se bem aqui. (VI)
Precisa-se de anunciantes. (VTI)
Era-se feliz naquele lugar. (VL)

d) Inexistente: acontece com os seguintes verbos:

•Aqueles que indicam fenômeno da natureza, tais como: chover, ventar, nevar, amanhecer
Amanheceu cedo.
Nevou no Rio Grande do Sul.

Atenção:

Atente para estes verbos em sentido conotativo:

Choveram informações maldosas.

O sujeito é informações maldosas.


•Haver no sentido de existir:
Há questões difíceis de resolver.
(=existem questões...)
•Fazer, Haver, Ir (acompanhado de para ou em) e Ser na indicação de tempo decorrido:
Há muitos dias não o vejo.
Ia para 5 anos que não vinha aqui.
Fazia sol forte no RJ.
Já é noite.

•Fazer, Estar e Ser na indicação de clima:
Faz calor.
Era Outono.
Está frio.

•Bastar e Chegar + preposição de:
Basta de férias.
Chega de problemas.
CRASE

Crase, na verdade, não é o nome do acento grave (`). É a ocorrência fonológica que acontece entre dois sons "a" (preposição + artigo/pronome demonstrativo) e que deve ser representado por esse sinal.
Mas, como identificar que determinado "a" tenha de ser craseado?
Isso tem ligação direta com o termo anterior (verbo ou nome) que, muitas vezes, traz em sua regência a preposição "a". Logo, teoricamente, para que se indique a crase, é preciso observar, primeiramente, as seguintes situações:

- O verbo que vem antes do "a" precisa ser TRANSITIVO INDIRETO (ex.: pertencer, obedecer, atender, assistir) e a palavra seguinte deve ser feminina ou estar especificada pelos pronomes AQUELE, AQUELA e AQUILO:
Ele pertence àquela facção (Ele pertence a aquela facção).
Bianca costuma obedecer às leis (Bianca costuma obedecer a as leis).

- Mesmo que o verbo não seja transitivo indireto, mas apresente preposição "a" antes de ADJUNTO ADVERBIAL, se a palavra seguinte for feminina ou for iniciada pelos pronomes AQUELE, AQUELA e AQUILO terá indicação de crase:
Felipe chegou a Sessão do Congresso atordoado ("...chegou a a Sessão do Congresso...")
(Verbo CHEGAR é intransitivo, mas exige a preposição a para indicar a que lugar alguém chegou)
Mohmmed foi àquela festa sem querer ("...foi a aquela festa sem querer.")

Seguindo essa linha de raciocínio, entende-se que dentro da função de SUJEITO jamais haverá crase, pois não se tem origem de uma preposição "a", tão-somente ocorre o artigo ou pronome demonstrativo:
Aquela casa não é muito segura./A casa não é muito segura
SUJEITO


Algumas expressões sempre sugerem o uso da crase, desde que o termo seguinte seja uma palavra feminina ou um dos três pronomes demonstrativos vistos acima. São elas:

DEVIDO A, EM RELAÇÃO A, NOMINAL A, PROPENSO A, etc.


Devido (a as) às Eleições Municipais, não haverá rodada do Campeonato Brasileiro.
O cheque deverá ser nominal (a a) à empresa contratada.

Por isso, para o uso adequado do acento indicador de crase, é preciso conhecer igualmente a regência dos nomes e dos verbos.
Por enquanto, é só. Ainda discutiremos muitos outros aspectos inerentes ao acento indicador de crase ou, simplesmente, acento grave.

7ª séries

NOSSO BRASIL É O TRENZINHO DA ALEGRIA

É a saúde como vai?
Lula afirma que nunca ficou tão bem... E você o que acha?
Temos numerários suficientes para cobrir todas as despesas do SUS? Quando você vai fazer um exame de alta complexidade ou até mesmo aqueles mais insignificantes, quais são as resposta que mais lhe oferece? Mesmo uma consulta médica, quantos meses leva para marcar? Pois bem veja fatos de políticos que não estão preparados para assumir uma cadeira.

Pela brecha na Lei! Opa já começou quem faz as leis? Quem aprova as Leis. Eu não sou, é você? Pois bem, por essa brecha 16 Estados deixaram de aplicar R$ 3,6 bilhões em hospitais, remédios, exames... Os subterfúgios tiraram esse numerário, extraviando para outros departamentos, como: Festas, Pagamentos de funcionários e outras secretarias.

Dinheiro esse, que poderiam ser construídos mais de 60 hospitais de médio porte, com 200 leitos cada.

O problema é que o mau exemplo vem lá de cima. O próprio Ministério da Saúde que também tem investimentos em saúde pública, deixou também de fazer aplicação no montante de R$ 5,48 bilhões entre 2001 e 2008, segundo o Ministério Público Federal.

Segundo a reportagem completa na Folha desta segunda-feira isso também vale nas administrações de algumas prefeituras.

Alci Santos Vivas Amado
Publicado no Recanto das Letras em 14/09/2009
Aprisionados

Se o amor é cego ao menos não é mudo
e faz folia na alma que te guarda.
Meu passo incerto indo no sem rumo
não sente medo nem razão amarga.

Amar é sonho, mas eu não me iludo
pois o real, quando é pra vir, não tarda.
No amor me dou, me entrego e me consumo;
quis libertar-me mas o amor não larga.

Uma emoção tomou-nos certo dia,
nos pôs num cárcere de fantasia
e, assim, o amor nos fez seus prisioneiros!

Imaginei que algum de nós iria
tentar a fuga, só que eu não sabia
é que o prazer seria o carcereiro.

AUTORIA DE:

(Obed de Faria Junior )

domingo, 13 de setembro de 2009

pronomes demonstrativos
Em relação ao LUGAR

O lugar onde o falante está: este
O lugar onde o ouvinte está: esse
O lugar distante do falante e do ouvinte: aquele
Exemplos:
Este quarto está muito desarrumado. Vamos organizá-lo agora, filha?
Essa poltrona onde você está sentado pertenceu ao meu avô.
Traga-me esses livros que estão com você!
Aquela casa antiga por onde passamos todos os dias será demolida amanhã.
Em relação ao TEMPO
Presente e futuro muito próximo: este
Passado e futuro próximos: esse
Passado distante: aquele
Exemplos:
Este ano eu vou tirar férias em dezembro. [o ano corrente]
Esta noite vou ao cinema.
O ano de 2005 me trouxe muitas alegrias. Nesse ano eu viajei a Paris, conheci meu grande amor e ainda consegui um emprego novo. Dá para acreditar?
Em abril de 1940, nascia uma grande estrela. Naquele ano, o país vivia dias difíceis.
Em relação ao DISCURSO
O que vai ser mencionado: este/isto
O que se mencionou antes: esse/isso
Entre dois ou três fatos citados: o primeiro que foi citado = aquele; o do meio = esse; o último citado = este
Exemplos:
É isto que eu digo sempre: cultura é fundamental.
Meu irmão vive repetindo este provérbio: “Casa de ferreiro, espeto de pau”.
“Casa de ferreiro, espeto de pau.” Meu irmão vive repetindo esse provérbio.
O fumo é prejudicial à saúde; isso já foi comprovado cientificamente.
O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser preservada.
Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade são dois dos maiores nomes da literatura brasileira. Este é conhecido por suas poesias; aquele, por seus brilhantes romances.
Ao lado da coerência , a coesão é outro requisito para que sua redação seja clara, eficiente. A seguir, mostramos alguns elementos que permitem que sua redação seja coesa. Para entender melhor a coesão textual, analise como algumas palavras/frases estão ligadas entre si dentro de uma seqüência, numa conhecida fábula de Esopo.
O cão e a lebre
Um cão de caça espantou uma lebre para fora de sua toca, mas depois de longa perseguição, ele parou a caçada. Um pastor de cabras vendo-o parar, ridicularizou-o dizendo:
“Aquele pequeno animal é melhor corredor que você”.
O cão de caça respondeu:
“Você não vê a diferença entre nós: eu estava correndo apenas por um jantar, mas ela por sua vida.”
Moral:O motivo pelo qual realizamos uma tarefa é que vai determinar sua qualidade final.

O cão e a lebre
Um cão de caça espantou uma lebre para fora de sua toca, mas depois de longa perseguição, ele parou a caçada. Um pastor de cabras vendo-o parar, ridicularizou-o dizendo:
“Aquele pequeno animal é melhor corredor que você”.
O cão de caça respondeu:
“Você não vê a diferença entre nós: eu estava correndo apenas por um jantar, mas ela por sua vida.”
Moral:O motivo pelo qual realizamos uma tarefa é que vai determinar sua qualidade final.
Fábula Elementos de coesão
Um cão de caça espantou uma lebre para fora de sua toca, mas depois de longa perseguição,ele parou a caçada. Um pastor de cabras, vendo-o parar, ridicularizou-odizendo:
“Aquele pequeno animal é melhor corredor que você. “
O cão de caça respondeu:
“Você não vê a diferença entre nós: eu estava correndo apenas por um jantar, mas ele por sua vida.”

1- No início da fábula, as personagens são indicadas por artigos indefinidos que marcam uma informação nova (ou não dita anteriormente): “Um cão de caça” + “uma lebre” + “Um pastor de cabras”, o que também sinaliza uma situação genérica, como é típico nas fábulas.
2- “Sua toca”: o pronome possessivo refere-se à casa da lebre.
3 - No lugar de repetir a palavra ”cão”, foi usado o pronome pessoal por três vezes:
“ele” = cão
“vendo-o” + “ridicularizou-o” = vendo o cão + ridicularizou o cão.
4- Para retomar o substantivo “lebre” foi usada uma expressão semelhante: “Aquele pequeno animal”.
5- No meio do texto, há o uso do artigo definido “o cão de caça e não mais “um cão” como no início. Aqui a referência ao animal está sendo retomada: já se sabe qual cão era.
6- A conjunção ”mas” indica um contraste: o cão corria por um jantar enquanto a lebre corria para salvar sua vida

Você percebeu que os sentidos do texto são "fios entrelaçados" e não palavras soltas ou frases desconectas? São os elementos coesivos que organizam o texto de forma a constituir também sua coerência.
A coesão textual pode ser feita através de termos que:
retomam palavras, expressões ou frases já ditas anteriormente ("anáfora") ou antecipam o que vai ser dito ("catáfora"). Na fábula, são exemplos de anáforas os itens 2, 3, 4 e 5 da coluna à direita da tabela;
encadeiam partes ou segmentos do texto: são palavras ou expressões que criam as relações entre os elementos do texto. Exemplo na fábula: item 6, a conjunção "mas" que, além de ligar as duas partes do texto (uma que se refere à atitude da lebre e a outra, ao cão), estabelece uma determinada relação entre elas, isto é, um contraste.
A coesão por retomada ou antecipação pode ser feita por : pronomes, verbos, numerais, advérbios, substantivos, adjetivos.
A coesão por encadeamento pode ser feita por conexão ou por justaposição.
1) A coesão por conexão traz elementos que:
a) fazem uma gradação na direção de uma conclusão: "até", "mesmo", "inclusive" etc;
b) argumentam em direção a conclusões opostas: "caso contrário", "ou", "ou então", "quer... quer"; etc;
c) ligam argumentos em favor de uma mesma conclusão: "e", "também", "ainda", "nem", "não só... mas também" etc;
d) fazem comparação de superioridade, de inferioridade ou igualdade: "mais... do que", "menos... do que", "tanto... quanto", etc
e) justificam ou explicam o que foi dito: "porque", "já que", "que", "pois" etc;
f) introduzem uma conclusão: portanto, logo, por conseguinte, pois, etc;
g) contrapõem argumentos: "mas", "porém", "todavia", "contudo", "entretanto", "no entanto", "embora", "ainda que" etc;
h) indicam uma generalização do que já foi dito: "de fato", "aliás", "realmente", "também" etc;
i) introduzem argumento decisivo: "aliás", "além disso", "ademais", "além de tudo" etc;
j) trazem uma correção ou reforçam o conteúdo do já dito: "ou melhor", "ao contrário", "de fato", "isto é", "quer dizer", "ou seja", etc;
l) trazem uma confirmação ou explicitação: "assim", "dessa maneira", "desse modo", etc;
m) especificam ou exemplificam o que foi dito: "por exemplo", como, etc
2) Os elementos coesivos por justaposição estabelecem a seqüência do texto, ou seja: a) introduzem o tema ou indicam mudança de assunto: "a propósito", "por falar nisso", "mas voltando ao assunto" etc;
b) marcam a seqüência temporal: "cinco anos depois", "um pouco mais tarde", etc;
c) indicam a ordenação espacial: "à direita", "na frente", "atrás", etc;
d) indicam a ordem dos assuntos do texto: "primeiramente", "a seguir", "finalmente", etc;
Para analisar o papel da coesão na construção dos sentidos de um texto, faça a correlação entre os provérbios e os elementos coesivos respectivos, preenchendo as lacunas, de tal forma que haja coerência entre as duas partes que constituem esse tipo de texto :


Provérbios Elementos de coesão por conexão
Devagar ....... sempre se chega na frente. mas
Trate os outros ..... quer ser tratado. mais... do que
A aparência pode ser mudada, ..... a natureza não. e
Ao carneiro ......peça lã. como
....vale paciência pequenina ... força de leão. somente

Você percebeu que, nos casos acima, a precisão no uso dos elementos de coesão faz toda a diferença na significação de cada provérbio, não é mesmo?
Para concluir, podemos afirmar que o texto é tanto produto como processo. Ao escrever, o autor planeja seu texto, a partir de sua finalidade, deixando pistas de sua intencionalidade. O leitor, por sua vez, vai perseguindo essas pistas, para poder interpretar o texto. Nesse sentido, a coesão textual - ou pistas lingüísticas - tem uma importante função na produção de todo e qualquer texto.
A Língua Portuguesa agradece.


O texto oferece uma maneira simples de verificar várias palavras que são pronunciadas pelas pessoas de forma incorreta, segundo a variante padrão da linguagem.

Com algumas pequenas adaptações é possível utilizá-lo em sala de aula. Certamente renderá uma aula leve e até divertida. Pode-se também distribuir aos alunos a título de curiosidade. Certamente eles aprenderão a pronuncia correta de algumas palavras.



Não diga:

-Menas (sempre menos)
-Iorgute (iogurte)
-Mortandela (mortadela)
-Mendingo (mendigo)
-Trabisseiro (travesseiro)
-Trezentas gramas (é O grama e não A grama)
-Di menor, di maior (é simplesmente maior ou menor de idade)
-Cardaço (cadarço)
-Asterístico (asterisco)
-Beneficiente (beneficente - lembre-se de Beneficência Portuguesa)
-Meia cansada (meio cansada)

A forma correta de pronunciar é a que está entre parênteses.Lembre-se também:

- Mal - Bem
- Mau - Bom
-A casa é GEMINADA (do latim geminare = duplicar) e não GERMINADA que vem de germinar, nascer, brotar
-O certo é CUSPIR e não GOSPIR.
-O certo é BASCULANTE e não VASCULHANTE, aquela janela do banheiro ou da cozinha.
-Se você estiver com muito calor, poderá dizer que está "suando" (com u) e não "soando", pois quem "soa" é sino!
-O peixe tem ESPINHA (espinha dorsal) e não ESPINHO. Plantas têm espinhos.
-Homens dizem OBRIGADO e mulheres, OBRIGADA;
-O certo é HAJA VISTA (que se oferece à vista) e não HAJA VISTO;
-“FAZ dois anos que não o vejo" e não "FAZEM dois anos";
-POR ISSO e não PORISSO;
-"HAVIA muitas pessoas no local" e não "HAVIAM";
-"PODE HAVER problemas" e não "PODEM HAVER...";
-PROBLEMA e não POBLEMA ou POBREMA;
-A PARTIR e não À PARTIR;
-Para EU fazer, para EU comprar, para EU comer e não para MIM fazer, para mim
comprar ou para mim comer (mim não conjuga verbo; apenas "eu, tu, eles, nós, vós, eles");
-Você pode ficar com dó (ou com um dó) de alguém, mas nunca com "uma dó"; a palavra dó no feminino é só a nota musical (do, ré, mi, etc etc.);
-As pronúncias: CD-ROM é igual a ROMA sem o A. Não é CD-RUM (nem CD-pinga, CD-vodka, etc). ROM é abreviatura de Read Only Memory - memória apenas para leitura; HALL é RÓL não RAU, nem AU;

E, agora, o horror divulgado pelo pessoal do TELEMARKETING: Não é "eu vou
estar mandando", "vou estar passando", vou estar verificando e sim eu vou MANDAR , vou PASSAR e vou VERIFICAR (muito mais simples, mais elegante e CORRETO).

-Da mesma forma, é incorreto perguntar: COM QUEM VOCÊ QUER ESTAR FALANDO? Veja como é o correto e mais simples: COM QUEM VOCÊ QUER FALAR?
-Ao telefone não use: “Quem gostaria?” É de lascar...
-Não é elegante você tratar por telefone pessoas que não conhece utilizando
termos como: querido(a), meu filho(a), meu bem, amigo(a)... Utilize o nome da
pessoa ou Senhor, Senhora.

Por último, e talvez a pior de todas: por favor, arranquem os benditos SEJE e
ESTEJE do seu vocabulário (estas palavras não existem).

Mande aos seus amigos: se circula tanta bobagem pela internet, por que não
circular coisa útil? A Língua Portuguesa agradece.



· Português Por Publicidade
Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los, indicando, ao mesmo tempo, gênero e número.
Dividem-se os artigos em: definidos: o, a, os, as e indefinidos: um, uma, uns, umas.
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular:
· Viajei com o médico.
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral:
· Viajei com um médico.
Observações Sobre o Emprego do Artigo
1ª) Ambas as mãos.
Usa-se o artigo entre o numeral ambas e o substantivo.
· Ambas as mãos são perfeitas.
2ª) Estou em Paris / Estou na famosa Paris.
Não se usa artigo antes dos nomes de cidades, a menos que venham determinados por adjetivos ou locuçõesadjetivas.
· Vim de Paris
· Vim da luminosa Paris.
Mas com alguns nomes de cidades conservamos o artigo.
· O Rio de Janeiro, O Cairo, O Porto.
Obs.: Pode ou não ocorrer crase antes dos nomes de cidade, conforme venham ou não precedidos de artigo.
· Vou a Paris.
· Vou à Paris dos museus.
3ª) Toda cidade / toda a cidade.
Todo, toda designam qualquer, cada.
· Toda cidade pode concorrer (qualquer cidade).
Todo o, toda a designam totalidade, inteireza.
· Conheci toda a cidade (a cidade inteira).
No plural, usa-se todos os, todas as, exceto antes de numeral não seguido de substantivo.
Exemplos:
Todas as cidades vieram.
Todos os cinco clubes disputarão o título.
Todos cinco são concorrentes.
4ª) Tua decisão / a tua decisão.
De maneira geral, é facultativo o uso do artigo antes dos possessivos.
· Aplaudimos tua decisão.
· Aplaudimos a tua decisão.
Se o possessivo não vier seguido de substantivo explícito é obrigatória a ocorrência do artigo.
· Aplaudiram a tua decisão e não a minha.
5ª) Decisões as mais oportunas / as mais oportunas decisões.
No superlativo relativo, não se usa o artigo antes e depois do substantivo.
· Tomou decisões as mais oportunas.
· Tomou as decisões mais oportunas.
É errado: Tomou as decisões as mais oportunas.
6ª) Faz uns dez anos.
O artigo indefinido, posto antes de um numeral, designa quantidade aproximada.
· Faz uns dez anos que saí de lá.
7ª) Em um / num.
Os artigos definidos e indefinidos contraem-se com preposições:
de + o= do, de + a= da, etc.
As formas de + um e em + um podem-se usar contraídas (dum e num) ou separadas (de um, em um).
· Estava em uma cidade grande. Estava numa cidade grande.
ESTE BLOG É PARA AS PESSOAS QUE GOSTAM DE APRENDER,

E ENSINAR.

GOSTO DE APRENDER COM QUEM SABE MAIS QUE EU.

PORQUE COMO RUBENS ALVES DISSE ‘SOMOS SERES INACABÁVEIS

E APRENDEMOS UNS COM OS OUTROS TODOS OS DIAS.

NÃO DESPREZE O CONSELHO DO VELHO, NEM O SORRISO DE UMA CRIANÇA.

O VELHO JÁ VIVEU O BASTANTE PARA PODER LHE ENSINAR E SUAS
EXPERIÊNCIAS PODEM LHE AJUDAR MUITO.

SEJAS SÁBIO O SÁBIO MAIS OUVE DO QUE FALA, POIS ELE OUVE, ANALISA

PARA DEPOIS RESPONDER. NUNCA DEMONSTRA SUA SABEDORIA DE IMEDIATO.

E A CRIANÇA, HA! A CRIANÇA.

MUITOS NÃO DÃO VALOR PARA AQUILO QUE SAI DE SUAS BOQUINHAS.

MAS ELAS TAMBÉM SÃO BOAS OBSERVADORAS...

QUANDO PENSAMOS QUE ELAS ESTÃO DISPERSAS , SAI ALGUMA COISA QUE

NÓS DEIXA PERPLEXOS.

NÃO TEM COISA MAIS GOSTOSA NO MUNDO DO QUE O SORRISO DE

UMA CRIANÇA.

HA!!!

O SORRISO DE UMA CRIANÇA, ENCHE QUALQUER CORAÇÃO TRISTE

DE ALEGRIA.

QUEM JÁ NÃO OUVIU ESTA FRASE:

NÃO CHORA NÃO! EU ESTOU AQUI.

ISSO LEVANTA QUALQUER ALMA ABATIDA.

ME LEMBRO UM DIA EM QUE EU ESTAVA MUITO TRISTE, E

MEU FILHO QUE NA ÉPOCA ESTAVA COM 7 ANINHOS ME DISSE ASSIM:

MAMÃE , NÃO CHORA NÃO EU TI AMO E ESTOU AQUI.

OLHEI EM SEU ROSTINHO, E AQUELE SORRISO ENCHEU MINHA ALMA

DE FORÇAS PARA CONTINUAR SOBREVIVENDO.

UM LAR SEM CRIANÇA É UM LAR TRISTE APAGADO, ESSAS PESSOINHAS TÃO FRÁGEIS, TRAZEM AS NOSSAS VIDAS ESPERANÇA E ESPLENDOR.

APRENDA E ENSINE . NÃO SEJAS EGOÍSTA MAS REPARTA UM POUCO DO

QUE VOCÊ SABE COM OS OUTROS.

SORRIA , BRINQUE, SONHE E SEJA FELIZ.

DOE- SE UM POUCO TODOS OS DIAS.

FAÇA ALGO QUE TE DEIXE FELIZ...

 

 

PASSES AQUI NESTE BLOG E TIRE PROVEITO DE TUDO QUE VOCÊ ACHAR,

MAS DEIXE ALGO DE BOM TAMBÉM.

AI VAI MEU ENDEREÇO.

 

bejinho_marques@uol.com.br
bejinho_marques@yahoo.com.br

Feras da nossa lingua portuguesa